terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

- CRÔNICA!!


Eu já estava impaciente, batendo no chão da sala de espera do consultório quando finalmente a enfermeira chamou.
- Senhor...Nóbrega?Pode entrar.
Levantei animado, apressado, como sempre costumo levantar.Entrei na sala e correspondi ao sorriso da doutora olhando para mim com calma e serenidade.
- O Senhor está bem?
Eu estava, há alguns dias, asntes de engolir um osso inteiro!Ora, eu estava comendo apressado, anomado, como sempre costumo comer, e sem quase perceber engoli o osso inteiro da carne. Se não fosse essa dor chata na minha garganta, eu estaria muito bem...
Fui para mesinha para ser avaliado. A doutora abriu bem a minha boca e, quase sem querer, dei uma pequena lambida em suas mãos. Nesse momento, ela deu um leve sorriso, sem graça e continuou:
- Engoliu um osso inteiro?
Sim, sim e meu estômago doía.
- Vou lhe passar um remédio, deve ajudar.
Ah! Obrigada doutora. Só de ouvir ela dizendo aquilo a dor já diminuíra. Saí animado, apressado, como sempre costumo sair. No caminho de volta para casa, parei na farmácia e fiquei esperando na porta, animado, apressado, como sempre costumo esperar. Tomei, finalmente, o meu remédio e voltei para casa.
Nada de dor. Decidi então tirar um peuqeno cochilo. Algumas horas depois, acordei animado, apressado, como sempre costumo acordar. A casa cheirava a costelas ... Nossa, como eu adoro costelas!!!Fui correndo para cozinha e avancei naquelas costelas deliciosas. Comi apressado, animado, como sempre costumo comer. Mas, passado algum tempo, lá estava eu novamente. Aquela dorzinha chata na garganta tinha voltado. Percebi então que havia comido novamente o osso.
- Mau! Cachorro mau!
Eu nunca entendi por que ela dizia aquilo toda vez que eu comia algo de cima da mesa. Será que é porque eu faço tudo animado, apressado e sempre um pouco desajeitado?

Fim.


Bárbara Lima